Tens poesia na metade direita do coracão e amor na metade esquerda. Tenho-te a ti a circular nas duas metades de mim. Porque a poesia e o amor estão atrás da minha orelha. R*

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A terra sem pés



Ñão me encontrava no meu prefeito juízo quando decidi fechar os olhos e dizer sim. Há erros que susurram no ouvido à espera de serem cometidos. Sei que só tenho uma mão de dias e duas de horas que me prenderam a ti. Foi na segunda mão de dias que senti borbotos na garganta que desciam até á barriga a cada beijo teu. Somos amigos, sempre o fomos e nunca o pensámos não ser. Mas não aceitas.te o meu deslize, o grande deslize que é nada mais nada menos que amar-te. Já ouvi dizer que a lua e o sol são eternos enamorados e apenas estiveram juntos pequenos instantes. Desde então andam sempre um atrás do outro à espera de um eclise qualquer. Não é nada de extraordinário. Não é nada de improvavel, afinal, não se escolhe de quem, quando e como se vai gostar. Acontece. Acontece como quem de repente passa a gostar de comer leite de condensado às colheradas e não enjoar. Aconteceu. Ontem supliquei por uma esponja. Só queria que me absorvesse tudo o que é bombardeado para o bater de um coração. Porque ontem percebi. Ontem foi o dia "D". Não por ser a tua letra, foi a letra da palavra "despertar". "Quando um não gosta, dois não sentem". E é isso que me fez cair e dúvidar do sol e da lua. Uma coisa é gostar outra coisa é amar. Gostar de estar, gostar de desejar, gostar de sentir a falta de carencia. A isto chamo, o meu pequeno erro. Amar sem limites, sonhar sem fronteiras, dar e receber a chama que aquece o sol na ausência da lua. A isto chamo: o meu maior erro.
E erros são erros. Podem-se classificar como imperdoáveis, inesquecíveis, passageiros, sem intenção, relampagos, demorados.... mas são sempre erros. E se não fossem tu abririas os teus braços para um novo amor e esquecias de vez uma estrela que já não brilha. O meu brilho sentes quando me beijas e o faço passar para dentro de ti, como fumo. E agora pela tua loucura de me magoar, lentamente perde a cor. Diz que queres. Diz que vamos lá. Diz que quero tentar. Diz que não me magoas. Diz que me queres na tua vida. A tua voz é rouca, mal se ouve daqui da terra. Tu perferes ficar no céu. Porque afinal de contas, a lua e o sol já lá estavam, e eu sou apenas a terra que não acenta os pés no chão.

A tua R* e tu o meu R*

1 comentário:

  1. Obrigada. Também gostei dos teus textos, este em especial está muito bonito :]

    Beijinho

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