Tens poesia na metade direita do coracão e amor na metade esquerda. Tenho-te a ti a circular nas duas metades de mim. Porque a poesia e o amor estão atrás da minha orelha. R*

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Leva-me daqui para fora




Vendo corpo sem alma, coração quebrado e inteligência esgotada. Os vendo barato, vejo que há muita oferta no mercado. (David Luis, "Gallego")

Nunca uma frase esteve tão certa. Se pudesse dava a alma ao Diabo, sei que ele saberia o que fazer com ela. Não vale a pena vender nada que não se lucre. Afinal a diversão estaria nas mãos dele e eu mergulhava num paraíso. Ao contrário do que pensava, o meu coração não é teu. A minha alma pertence-te, e é só tua, simplesmente tua. É tão tua que não consegue mais ser minha. E como eu a queria apanha-la hoje. Cheguei a roubar a rede que apanha borboletas ao pai na esperança de a ir buscar, mas afinal aquele intrumentozinho não funciona mais. Pena tudo se estragar e desaparecer das minhas mãos.
Agora que escrevo, vou ter de me desmentir. Não se pode perder nem estragar algo que nunca se teve. Nem sempre existe uma noção clara na minha cabeça. Talvez porque tudo voa mais alto do que eu consigo apanhar ou o vento que sopra contra mim é mais forte do que eu estou.
Preciso urgentemente de um sugador de lágrimas. Eu quero, não tenho, nem posso. Como tudo é tão injusto neste momento. Tão injusto que acabo por ser a maior lamechas e pelos vistos vai demorar a passar. Por isso... tenho saudades de mim. Saudades do que eu era. Talvez do que eu fui antes de ti. E embora, no que fui, sentisse um vazio, tudo é melhor que a dor. Preciso de ti. Preciso de ti mais que ontem, hoje preciso de ti como foste, porque está dificil de aguentar não falar, mas mais não pensar.
Se pedisse que levassem mais alguma coisa minha... tudo! Mas que me deixassem a última lembrança bonita tua. O teu último sorriso meu.
Vou ter de terminar mesmo aqui. De certo existe uma ferramenta na garagem do pai que me conserte. Vale a pena tentar tudo!

1 comentário:

  1. vem até cá linda bailarina! e vamos dançar as duas, vamos deixar fugir todas as lágrimas com cada rodopiar do nosso corpo...

    Vens?

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