Tens poesia na metade direita do coracão e amor na metade esquerda. Tenho-te a ti a circular nas duas metades de mim. Porque a poesia e o amor estão atrás da minha orelha. R*

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Saudades ao cubo


Como conseguimos contar até onze se só temos dez dedos nas mãos? Certamente por voltamos ao ínicio da contagem. Nunca fui boa com números, sou mais de letras misturadas na arte. Mas sei que os números voltam a ser repetidos, podem ser multiplicados, divididos, somados... e a minha cabeça já vai tonta de pensar em equações, aquelas que me deixavam dormir a noite toda por não saber nada delas. Mas até os números fogem uns dos outros e mais cedo ou mais tarde perdoam-se e encontram o par correspondente.
E é incrível que tudo o que começa se una num unico caminho dirigo a ti. Há sempre momentos que guardamos a sete chaves para nós, como se fosse um segredo que mais ninguém pudesse descobrir, só tu e eu podemos beijá-los no mais secreto esconderijo, e hoje, no mais secreto adeus. Ando nisto há demasiado tempo. Afinal é possível fazer mal a nós mesmo sem usar cordas ou facas, muito mais sem fazer o mínimo barulho. Já não existe melodia na tua voz e eu suporto ruído até ao dia em que queira ouvir música na minha vida.
Eu tive a coragem de lutar como ninja por ti e lutar nem sempre é fácil. Mas eu continuei. Tenho agora as mãos em ferida de cor vermelha viva enlaçadas por pontos rebeldes que gostam de abrir feridas. É tempo de as fechar. É tempo de dizer adeus em voz alta, prenunciada sempre em português. Hoje o dia dói.

1 comentário:

  1. Como o dia, hoje dói...
    Como a luta é dura, e como nos magoamos a nós mesmos....mesmo!
    Lindo texto e pura realidade,
    Um beijo
    Lita

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