Hoje vi-te. Antes de sair de casa, arrumei a mim toda eu, de um jeito especial, passei o tempo na estação do espelho e olhei, olhei e voltei a olhar-me. Entrei no jogo sem pensar. O espelho mexeu. Nesse momento senti, nesse preciso momento soube que te podia ver, soube porque me enfeitei como arvore de natal elegante, soube porque me apetecia chorar... ali e só ali eu soube. Enrolei as lembranças e fantasias numa lata de conserva. Chorei mas rapidamente limpei os olhos negros do lápis que os delinearam para escorrer o rio preto. Encarei.me de frente, mas sabia que era de lado que te iria encarar. Cheguei. "Não te vou ver, por favor não te vou ver. Mas eu quero ver.te." As escadas rolantes subiram e lá estavas tu. Se nao tivesse vivido, diria que só podia ser um filme que ainda estava a ser pensado. Os nossos olhares cruzaram, tu vieste.me e logo ali despiste a minha alma e o meu olhar quebrou. "Continua em frente." Mas o teu olhar seguia-me. Durante dez minutos observou-me e eu sabia.o. Dava tudo para tocar nos teus lábios secos naquele impiedoso instante. Dava tudo para que voltasses a ser tu, mas tu mesmo roubaste.te de mim e eu roubei em mim a vontade de ser eu. " Ele estava lá. - Sim, senti.me observada e vi que os olhos dele não saiam de ti." Percorres.me sem me tocar e eu precorro.te todas as noites sem te avistar.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Senti.te ao longe de mim
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
a Rita cheira mal xD
ResponderEliminarnao faço ideia porquê mas sou capaz de ficar com as duas primeiras frases do texto na cabeça, durante um bom bocado de tempo :)
ResponderEliminargostei, e o "Passo a esquecer sempre a lembrar"!